Desde a antigüidade, o vinho esta ligado à evolução da
medicina. Usado como remédio por curandeiros e religiosos na arte da cura, o
vinho se torna a mais antiga prescrição médica documentada.
Usado por varios nas mais diversas funções tais como:
desinfetante na cura de feridas, medicamento, veículo para outras drogas e
componente de uma dieta saudável o vinho destaca sua importância em varias
situações.
Porém, a partir do final do século XIX, a visão do vinho
como medicamento começou a mudar. O alcoolismo foi definido como doença e os
malefícios de seu consumo indiscriminado começaram a ser estudados. Nas décadas
de 70 e 80, o consumo de álcool foi fortemente atacado por campanhas de saúde
pública exaltando as complicações de seu uso em excesso. Entretanto, várias
pesquisas científicas bem conduzidas têm demonstrado que, consumido com
moderação, o vinho traz vários benefícios à saúde.
Estudos evidenciam um consumo moderado de vinho para
ressaltar seus efeitos benéficos. Entretanto existe uma dificuldade em ressaltar
o que seria este consumo sensato. Valores recomendados entre entre 30g a 60g de consumo diário são
divergidos em vários países. Alem também de outros fatores que influenciam
estes limites: sexo, idade, constituição física, patrimônio genético, condições
de saúde e uso de outras substâncias (drogas, medicamentos etc). Em linhas
gerais, um homem pode consumir até 30 g de álcool por dia. Para as mulheres,
por diversas razões (menor tolerância, menor proporção de água no organismo
etc) recomenda-se até 15 g por dia. A diferença entre consumo moderado e
exagerado pode significar a diferença entre prevenir e aumentar a mortalidade.
Na atividade física o vinho esta sendo usado por
alguns atletas para ajudar na vasodilatação. Isto pode ser justificado pelo fato
de algumas pesquisas terem mostrado o
mecanismo molecular que explica a ação do vinho na saúde das veias e artérias
Os estudos, que foram realizados em ratos, visavam estudar
os efeitos dos polifenóis presentes no vinho. Eles são um grupo de substâncias
químicas que, graças à produção de monóxido de carbono (CO) têm efeito
vasodilatador. A equipe conseguiu comprovar que um tipo específico de
polifenól, a delfinidina, desencadeia uma série de reações que no final provoca
o relaxamento vascular, segundo explicou o autor do estudo, Matthieu Chapolin.
Desta maneira, as veias do corpo têm menos chances de ficarem entupidas e,
conseqüentemente, o risco de doenças cardíacas diminuí.
Vale ressaltar a importância de algumas substancias que o
vinho possui. Além do álcool ele apresenta diversas substâncias antioxidantes
em sua composição. Entre os mais de 1000 compostos encontrados no vinho, os
polifenóis (flavonóides, taninos, catecinas, resveratrol etc) são os mais
estudados.
Os polifenóis, derivados de várias plantas, são os
antioxidantes mais encontrados em nossa dieta. De acordo com sua origem,
apresentam diferentes estruturas químicas. Atualmente, vários estudos têm
demonstrado que o resveratrol, um antioxidante natural presente em vinhos
tintos e brancos, está associado com os efeitos benéficos do vinho na doença
coronária. Além disso, em laboratório, o resveratrol tem mostrado efeito
protetor contra o câncer, embora estes resultados ainda não tenham sido
demonstrados na prática clínica. Também controversa é a hipótese de que os
flavonóides parecem mostrar um efeito protetor contra doenças cardiovasculares,
atuando sobre o LDL (colesterol ruim).
Como foi dito repetidas vezes, o consumo moderado parece ser
o caminho para a felicidade. Muito ainda precisa ser entendido sobre os reais
efeitos, benéficos e maléficos, do vinho sobre a saúde antes de torná-lo a
panacéia universal para as moléstias do mundo moderno. Entretanto, em
pouquíssimas situações, um remédio pôde ser tão infinitamente agradável e
prazeroso.
Fonte: fisiculturismo.com.br
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